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註釋Desde que o Rio de Janeiro foi anunciado como sede das Olimpíadas 2016, intensificaram-se as pressões para a remoção total da Vila Autódromo, assentamento popular localizado ao lado da área onde seria construído o Parque Olímpico. Contra a Vila Autódromo, se erguiam Prefeitura da Cidade, Governo do Estado, grandes empreiteiras e incorporadoras imobiliárias, entre outros agentes, quase sempre com forte apoio da grande mídia.
Ao longo deste livro, veremos como a ação organizada dos moradores de Vila Autódromo enfrentou essas pressões e como se articulou com outros agentes que se posicionavam contra a forma como as decisões sobre as Olimpíadas eram impostas à população. Entre eles, movimentos populares por moradia, coletivos organizados de moradores ameaçados de remoção e, especialmente, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, que terminou por adotar a luta dos moradores como o símbolo da resistência à remoção com a campanha “Viva a Vila Autódromo!”.
A longa saga da Vila Autódromo envolveu disputas no campo jurídico com apoio da Defensoria Pública, a realização de eventos, festas e manifestações, a discussão com autoridades municipais e, também, a elaboração de um plano popular alternativo que comprovava a possibilidade de permanência da comunidade, mesmo com a realização das Olimpíadas no terreno vizinho.
Na luta pelo direito de permanência e à moradia digna na Vila Autódromo, moradores e apoiadores foram se transformando, assumindo um compromisso ainda maior com a promoção da justiça social na produção do espaço urbano carioca. A luta da Vila Autódromo é hoje a luta dos moradores de assentamentos de baixa renda ameaçados de remoção no Horto, Vargem Grande, Barra de Guaratiba, Ilha do Governador, Rio das Pedras e outros bairros e localidades no Rio de Janeiroe no Brasil.