PRÉMIO FEMINA | PRÉMIO EUROPEU DE MELHOR ROMANCE | PRÉMIO DE LITERATURA DO CONSELHO NÓRDICO.
O parque dos cães oscila entre dois mundos: a Helsínquia da atualidade e a Ucrânia que conquistou a independência, após o colapso da União Soviética. Do cruzamento destas duas realidades, surge uma outra: a endémica corrupção do Leste, alimentando a ganância voraz do Ocidente. Nesta interseção, conhecemos duas mulheres que partilham uma história de lealdade, amor e confiança traída. Dão por si arrastadas para uma torrente de lutas de poder que opõe famílias influentes, mas que também opõe sexo feminino e sexo masculino. A razão é só uma: o corpo da mulher tem a capacidade de dar vida e, por causa disso, torna-se fonte de lucro.
Sofi Oksanen lança-se mais uma vez num tema fraturante e incómodo do mundo atual, numa narrativa que oscila entre o thriller psicológico e a mais comovente humanidade. O parque dos cães retrata a vida de uma mulher que se descobre incapaz de fugir à memória do filho que perdeu, aos fantasmas que a assombram e às mentiras que lhe salvaram a vida. Esta é a história do lado negro da indústria da fertilidade, mas também do ponto a que todos somos capazes de chegar para concretizar sonhos impossíveis.
Os elogios da crítica:
«Um romance imenso [...], onde são destrinçados, de forma inteligente, os nós de um passado obscuro.» — Le Figaro (França)
«Um impressionante retrato do universo feminino. [...] O parque dos cães, simultaneamente romance histórico e romance policial, pode ser resumido como um conto dos irmãos Grimm tornado realidade.» — Lire (França)
«Em O parque dos cães, Sofi Oksanen consegue minar a narrativa histórica do presente, trazendo à superfície partículas tóxicas da sociedade que revelam um poder absolutamente explosivo.» — Wall Street Journal (EUA)
«Angustiante até à última página, este é um livro de alcance ambicioso e destemido nos temas que aborda. Nas descrições políticas e sociais, Oksanen evita habilmente as grandes reconstruções narrativas e revela a sua mestria ao destacar pequenas questões simbólicas que, na verdade, mostram as consequências, na vida quotidiana, dos acontecimentos históricos.» — Les Inrockuptibles (França)
«Os matizes legais, morais e psicológicos são mantidos numa zona cinzenta. Sofi Oksanen é mestre na exploração destes buracos negros, tratando aqui, de forma admirável, o tema da exploração do corpo da mulher.» — Zbruc (Ucrânia)
«Um thriller psicológico muito bem urdido, sobre duas mulheres que se descobrem incapazes de fugir à memória dos filhos que perderam e sobre a sua luta para encontrar justiça e reequilíbrio.» — Göteborgs-Posten (Suécia)
«Uma impressionante mistura de amor, medo, violência, opressão, esperança e desencanto.» — Kainuun Sanomat (Finlândia)