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Leituras Geográficas
註釋

A geografia brasileira rompeu a cortina do século XX e se iniciou no século XXI ávida por se redescobrir. Não são poucos os geógrafos que, com esmero – e com afinco – dedicam-se a reler os clássicos. Muitos geógrafos contemporâneos dizem: “a salvação da geografia está nos clássicos”. Ou: “sem uma fidelidade com a origem, o destino pode ser embaraçoso”.

Expedientes como o trabalho de campo, as expedições coletivas debruçando-se sobre fronteiras desconhecidas; a validação de croquis e da observação se somam à outras atividades, como o mapeamento digital; a elaboração de cartografias participativas; a elaboração de textos videográficos, documentários, inclusive Instalações geográficas.

A complexificação espacial de uma sociedade mundializada desafia os geógrafos no processo de leitura. Ainda mais sabendo que o sujeito que lê tem a seu alcance um mar de signos. É, por isso, de certa maneira, atropelado por um carrossel de imagens e de informações. Aproximar a observação, a leitura e a interpretação numa única empresa tornou-se um empreendimento difícil, contudo com maiores possibilidades de se efetivar.

É desse quadro complexo e alvissareiro que este livro enuncia um certame de textos mirando o propósito de se experimentar LEITURAS GEOGRÁFICAS. A diversidade, a criatividade, a ligação de autores contemporâneos com clássicos; o uso de desenhos, crônicas, fotografias, romances, poesias, autobiografia, certificam o modo pelo qual, não apenas o geógrafo, mas qualquer outro profissional, vê-se impelido a lidar com a leitura. Ou com leituras.

Conforme tem expressado a filósofa Marcia Tiburi, o contraponto à consecução de um pensamento autoritário e fascista que ronda o atual período, é o diálogo. Àquele que se põe ao diálogo deseja aprender, jamais faz da leitura uma confirmação prévia de seus valores e de seus saberes. Estamos aqui propondo um diálogo.