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註釋Mesmo sem querer, o ser humano tem uma tendência quase que instintiva de classificar as situações de acordo com o senso-comum. Não pretendo, aqui, generalizar, mas você há de concordar comigo que, às vezes, é mais fácil atribuir algum problema ao acaso, a uma falha coletiva ou, então, à conspiração do Cosmos, do que tentar solucioná-lo. Um exemplo disso? É só pensar quantas vezes você já presenciou, na escola em que leciona ou até mesmo no seu círculo pessoal, alguém falando que as crianças de hoje não querem aprender ou, então, que não se interessam pelos estudos. Particularmente, acredito que as pessoas que repetem este discurso esquecem de verificar a maneira como os alunos a que se referem são ensinados, estimulados ou cativados, seja no ambiente escolar ou em casa. Afinal, convenhamos: é rara a criança que adora decorar fórmulas matemáticas sem ao menos saber como elas surgiram ou, então, conhecer o nome científico de árvores e animais que nunca viram pessoalmente ou por fotos. Pela percepção deste problema, o que muitos educadores já sabem é que as disciplinas precisam ser cada vez mais paupáveis e devem estar relacionadas à vida de seus alunos. Nesse processo, o ensino através do lúdico tem papel garantido. Para se assegurar disso, faça uma pesquisa com a sua classe: pergunte se os alunos preferem utilizar um jogo de tabuleiro para aprender, por exemplo, a lidar com valores monetários ou se desejam fazer exercícios em que precisem empregar as contas matemáticas por si só. Com certeza, a escolha será pela primeira opção. Isso porque as crianças precisam ser estimuladas a gostar de aprender, e não ter essa tarefa como algo obrigatório e imposto pelos pais e professores. Para isso, atualmente, existem recursos, bibliografias e iniciativas que servem de exemplo aos educadores que desejam inovar as práticas pedagógicas. Uma delas, com certeza, é o projeto “Dr. Escargot”, que pode ser visto nesta edição e mostra como animais pouco presentes no nosso cotidiano trabalham a socialização, a expressão oral, a cidadania e a eliminação de preconceitos, por exemplo. Idéias como esta são marcos para que a educação torne-se cada vez mais participativa e inclusiva. Que tal você dar a sua contribuição também?