登入選單
返回Google圖書搜尋
O Silêncio dos Afinadores
註釋O que há em comum entre um espião e um afinador de pianos? Silêncio, atenção e um profundo conhecimento de seu alvo. O romance resgata as anotações de um observador do Farol da Humanidade - sociedade secreta que monitora os ditadores ao redor do mundo -, o italiano Ruperto Maschiantonio que atua como afinador de pianos do Teatro Municipal de São Paulo. No Brasil dos anos de 1930, Getúlio Vargas ascende ao poder e sua trajetória é acompanhada por Maschiantonio enquanto ele ensina o ofício da afinação aos meninos da família Canhedo, cujo patriarca, Amadeu, fascinado pelo instrumento, decide solenemente entregar seu filho caçula à arte musical. No entanto, o primogênito sonha ser um grande artista e assim cresce a rivalidade entre os irmãos. A princípio, Maschiantonio considera Getúlio um ditador a mais no cenário mundial e engenhosos expedientes são utilizados para informar aos demais faroleiros detalhes de seus atos na presidência da República. Gradativamente, ao ver como o governante enfrenta conspirações, a sombra da Segunda Guerra Mundial e se equilibra na corda bamba da política e dos interesses rasteiros de diversos grupos nacionais e internacionais - ele revisa seu conceito. Ao chegar à culminância da crise político-militar que leva Getúlio ao suicídio, em 1954, Ruperto conclui sua missão no Brasil e parte para os Estados Unidos, onde participa da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). Lá ele descobre o blues e o jazz de Nova Orleans. A narrativa segue até o ano de 1988, quando o velho piano de concerto é arrematado junto ao Teatro Municipal e passa por restauro - do início ao fim, o instrumento é o protagonista da história.