登入選單
返回Google圖書搜尋
O infanticídio indígena no Brasil sob a perspectiva do controle de convencionalidade
註釋

RESUMO: A prática tradicional nociva do infanticídio indígena, presente em alguns povos indígenas brasileiros, ocorre, principalmente, em relação a crianças portadoras de algum tipo de deficiência, gêmeos, filhos de mães solteira, ou seleção de sexo. Este tema, até então tabú no Brasil, era pouco discutido, até a divulgação, em 2005, de diversas histórias de crianças sobreviventes, bem como pelo surgimento, em 2006, da ONG Atini – Voz pela Vida, que passou a acolher famílias indígenas que não concordavam com a prática e queriam salvar a vida de seus filhos, contrariando, inclusive, os órgãos governamentais. Em 2007, houve a propositura do projeto de Lei n.º 1.057, que tinha como objetivo o combate às práticas tradicionais nocivas, assim como outras iniciativas neste sentido. Também foram realizados diversos documentários acerca do infanticídio. Para se chegar aos resultados finais deste trabalho, foi utilizada, além da revisão bibliográfica, análise de fontes primárias, tais como Tratados Internacionais, leis, sentenças e jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Foi realizada, ainda, a análise crítica de atos de órgãos governamentais, assim como de sentenças judiciais, utilizando-se o controle de convencionalidade como metodologia de análise. Finalmente, constatou-se que o Brasil, apesar de sua obrigação advinda de tratados internacionais de realizar o controle de convencionalidade, em todas as suas atuações e por todos os seus agentes, assim como o Ministério Público Federal, têm descumprido esta obrigação. Estes órgãos, ao adotarem uma posição relativista em relação aos direitos humanos, rejeitando a sua característica da universalidade, positivada nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, violam os tratados aos quais se encontram comprometidos. Defende-se que este descumprimento é causa de responsabilização do Estado brasileiro ante os Sistemas de Proteção dos Direitos Humanos dos quais o Brasil é parte, principalmente a Corte Interamericana de Direitos Humanos, a qual tem vasta jurisprudência em matéria de controle de convencionalidade.

RESUMEN: La práctica tradicional nociva del infanticidio indígena, presente en algunos pueblos indígenas de Brasil, se aplica, principalmente, a los niños con discapacidad, mellizos, hijos de madres solteras o con el fin de selección de sexo. Este tema, mucho tiempo tabú en Brasil, era poco discutido hasta la divulgación en 2005 de varias historias de niños sobrevivientes y hasta el surgimiento, en 2006, de la ONG Atini-Voz por la Vida, que pasó a acoger a las familias indígenas que no estaban de acuerdo con la práctica del infanticidio y querían salvar la vida de sus hijos, incluso contra el criterio de las agencias gubernamentales. En 2007 se produjo la interposición del Proyecto de Ley nº 1.057, cuyo objetivo era luchar contra las prácticas tradicionales nocivas y se produjeron otras iniciativas del mismo tipo. También se realizaron varios documentales sobre el infanticidio indígena. Para llegar a los resultados finales de este trabajo se utilizó, además de una revisión bibliográfica, el análisis de fuentes primarias, como Tratados Internacionales, leyes, resoluciones y jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos. Se realizó también la revisión de la actuación de los organismos gubernamentales, así como de las decisiones judiciales, utilizando el control de convencionalidad como metodología de análisis y evaluación de aquellas. Por último, se constató que Brasil ha incumplido la obligación de llevar a cabo el control de convencionalidad en todas sus acciones y por todos sus agentes, incluidos los fiscales federales, derivada de los Tratados Internacionales ratificados por el Estado. Estos órganos los violan, al adoptar una posición relativista sobre los Derechos Humanos, rechazando su característica de universalidad, positivada en dichos tratados. Se sostiene que el Estado brasileño tiene responsabilidad por este incumplimiento ante los sistemas de protección de los Derechos Humanos de los que Brasil es parte, especialmente ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos, la cual tiene una amplia jurisprudencia sobre el control de convencionalidad.

ABSTRACT:The harmful traditional practice of indigenous infanticide, present in some Brazilianindigenous peoples, occurs mainly in relation to children with a disability, twins, children of single mothers or sex selection. This theme, hitherto taboo in Brazil, was little discussed until the release in 2005 of several stories of surviving children as well as by the emergence in 2006 of the NGO Atini - Voice for Life, which now accommodates indigenous families who did not agree with the practice and wanted to save the lives of their children, even coming up against government agencies at various levels. In 2007, law nº 1057 was drafted, which aimed to combat harmful traditional practices as well as other initiatives in this direction. Several documentaries were also made about infanticide. In addition to the literature review, to arrive at the final results of this work, analysis of primary sources such as international treaties, laws, rulings and jurisprudence of the Inter-American Court of Human Rights were used. A review of acts of government agencies took place, as well as court decisions, using the conventionality control as the method of analysis. Finally, it was found that Brazil, despite its obligations arising from international treaties to perform control of conventionality, in all their actions and all their agents, as well as federal prosecutors, have breached these obligations. These bodies, by adopting a relativist position on human rights, rejecting its universal characteristic, substantiated in international human rights treaties, violate the treaties to which they are committed. It is argued that there should be acountability for this failure of the Brazilian state before the human rights protection systems, to which Brazil is a party, especially the Inter-American Court of Human Rights, which has extensive jurisprudence on conventionality control.