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註釋Elite da Tropa 2 adverte: cabe ao leitor descobrir o que é verdade e invenção nesta história a meio do caminho entre a memória, o jornalismo literário e a ficção. Mas a quem lê está reservado outro desafio: distinguir com clareza quem é herói e vilão, quando, mesmo no mundo do crime organizado e da violência extrema, a lealdade faz toda a diferença — muitas vezes por linhas tortas.Mais do que a continuação de Elite da Tropa, hoje publicado em seis países, este novo ato na tragédia da violência urbana brasileira adensa a trama com novos personagens e situações extremas. Se no livro anterior a fonte da ameaça já não era o tráfico, mas a política corrupta e seus vínculos com as polícias, agora o foco é a emergência das milícias: o crime organizado gerado pelo casamento perverso entre política e polícia. No Rio, traficantes enfraquecidos deram lugar a essas máfias, terríveis máquinas de subjugo dos desfavorecidos plantadas no coração do Estado.O narrador é um policial civil fora de combate. A ele resta lembrar, falar e, muitas vezes, expressar sua indignação pelo Twitter. Em cena, além de um imaginário capitão Nascimento transformado, estão um corajoso deputado que encara as milícias, um delegado incorruptível e uma imensa famiglia de policiais de conduta duvidosa cercada de políticos suspeitos por todos os lados. A novidade é que, agora, o campo de batalha é a alma dos protagonistas.Luiz Eduardo Soares é um intelectual que foi à rua viver o que o gabinete não pode dar; André Batista, Cláudio Ferraz e Rodrigo Pimentel são policiais que dedicaram um tempo de seu cotidiano para refletir sobre o que veem e vivem. Essa parceria se faz no encontro destes caminhos e produz mais um livro difícil de definir mas fácil de sentir, com suas doses brutais de realidade e, sobretudo, da humanidade que falta ao melancólico noticiário de cada dia. Paulo Roberto Pires