Património artístico da mais pura água e memória de um passado recente vertido em beleza, o órgão da capela da Universidade de Coimbra constitui uma peça rara cuja divulgação é imperativo da presente monografia. Longe de se tratar de um estudo exaustivo, pretendeu-se uma exposição breve e atraente capaz de captar o mais vasto público. Desde a história de construção à seleção dos elementos fundamentais da sua fábrica, entre os quais assume destacada relevância o único manual para o comando de três secções, passando pela sua filiação ibérica até ao uso dos pedais cujo emprego é acompanhado de sugestões, pelas madeiras e metais mais utilizados, até à forma e posição dos tubos, são exemplo de alguns aspetos focados. Não ficaram também por referir questões do foro estético ligadas à audição e ao visual, duas vertentes aqui profundamente apelativas, designadamente a excelência de qualidade sonora de alguns flautados e a riqueza luxuriante do trabalho de talha que emoldura o órgão.