Neste livro, refletimos crítica e ecumenicamente sobre os chamados mitos cristãos, à luz da filosofia espírita da fé raciocinada e da teologia liberal/pluralista contemporânea. Sem ter pretendido agredir a fé cristã dogmática (a qual merece todo o nosso respeito), nem diminuir o valor histórico do cristianismo e da Igreja Católica, mas apenas contribuir para o diálogo religioso entre cristãos e não-cristãos, bem como para o conhecimento da verdade que nos liberta (Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará), abordamos, sobretudo, os mitos cristãos relacionados com a maior polêmica cristã de todos os tempos, que sempre foi (e continua sendo) sobre a verdadeira identidade (ou natureza) de Jesus. Nesse sentido, defendemos a corrente cristológica segundo a qual Jesus é só homem, em contraposição às correntes cristãs míticas, segundo os quais Jesus é Deus e homem ou só Deus. Questionamos os mitos cristãos, particularmente os mais exclusivistas, pelo fato de eles não se coadunarem com o código de moral universal ensinado pelo Jesus histórico (a paz, o amor,a caridade, a fraternidade etc.), além de impedirem a prática, cada vez mais necessária, do diálogo religioso de igual para igual.
Os livros do prof. Pinheiro avançam neste terreno escorregadio e cheio de armadilhas. Ele o faz com maestria. Grande conhecedor de Teologia e da História das Religiões, caminha com segurança em temas polêmicos e instigantes, referenciando as fontes e autores para quem quiser se aprofundar e discorrendo de maneira clara e simples. No mínimo, dois efeitos são notáveis quando terminamos de ler uma de suas obras: o aumento considerável de nossa cultura religiosa e histórica e um respeito a todas as idéias, mesmo àquelas as quais não concordamos, visto que a essência defendida em suas obras é a mesma que defendeu Jesus (o histórico), o amor como norteador das ações humanas.
Neste livro, Mitos Cristãos: Desafios para o Diálogo Religioso, que o leitor tem mãos, o prof. Pinheiro refletirá sobre “os fundamentos dos dogmas” das diversas igrejas, complementando o que não foi refletido por Kardec nas obras citadas, buscando eliminar o exclusivismo religioso, defendendo a possibilidade do ecumenismo e do macroecumenismo fundamentado no amor. Em nenhum momento defende o Espiritismo, como crença ou religião. Defende sim, alguns princípios, que não são propriedades do Espiritismo, que são defendidos por diversas doutrinas ou religiões.
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Reafirmo minha opinião que o movimento espírita, enquanto movimento social que busca melhorar o mundo; o leitor seja espírita ou não, enquanto ser que busca conhecimento e aprimoramento para melhor dirigir suas ações no mundo; a Doutrina Espírita enquanto acervo de informações que busca subsídios para melhor compreender o sentido da vida e auxiliar o homem a se tornar um “homem de bem” e todas as religiões e movimentos ecumênicos e que buscam a alteridade e a paz entre os homens têm muito a agradecer por mais esta obra do prof. Pinheiro.
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