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Desafios para a prática educadora dialógica
出版Editora Na Raiz, 2020-09-18
主題Education / General
ISBN65991479929786599147999
URLhttp://books.google.com.hk/books?id=HKUlEAAAQBAJ&hl=&source=gbs_api
EBookSAMPLE
註釋

Como dialogar? Como possibilitar o diálogo em processos de educação ambiental? Estas duas perguntas suscitam um debate que buscamos aprofundar nesta obra.

O projeto que culminou com esta publicação teve início em janeiro de 2020 com a criação de uma campanha Catarse. A primeira ação desenvolvida por nós foi um curso on-line sobre diálogo e educação ambiental. Ele, inicialmente, já seria on-line, mas a sua realização, em março, coincidiu com o início das ações de isolamento social por causa da Covid-19. Esta situação exigiu de nós o esforço em manter o engajamento dos participantes e, sobretudo, criar situações de diálogo.

Concomitantemente ao curso, lançamos nossa chamada de capítulos. Recebemos doze textos, dos quais oito foram selecionados e inseridos nesta obra.

O processo de revisão e correções também envolveu práticas mais dialógicas, com a leitura cruzada entre os autores para a possibilitar sugestões de melhorias. Desta forma, conseguimos avançar na qualidade dos textos e, mais importante que isto, tivemos um processo formativo de todas as pessoas envolvidas neste projeto nas temáticas chaves deste livro: diálogo e educação ambiental.

O livro Diálogo e Educação Ambiental: Desafios para a prática educadora dialógica tem oito capítulos redigidos por 22 autores. Este grupo de pesquisadores tem representantes de quatro regiões brasileiras (exceto a Norte), com destaque para região Nordeste, com 11 autores, seguida pela Sudeste (5), Centro-Oeste (4) e Sul (2). Este grupo diverso permitiu que o nosso livro assumisse feições de um caleidoscópio, com variações na constituição do referencial teórico adotado e nas práticas descritas.

Isto também demonstra como a própria educação ambiental é diversa. Longe de ser um campo homogêneo, temos diversos percursos formativos, distintas relações com o meio ambiente, variadas formas de ação. Tendo isto em mente, apresentamos uma visão geral dos capítulos:

O primeiro capítulo, Diálogo e educação ambiental: Uma visão geral, foi redigido pelos organizadores da obra, Rafael de Araujo Arosa Monteiro e Valdir Lamim-Guedes, que buscaram dar uma visão geral sobre o conceito de diálogo e sua relação com a educação ambiental.

O segundo capítulo, Metodologia Participativa e a busca do diálogo no Ensino Superior, de autoria de Riellen de Souza Scherer e Daniel Fonseca de Andrade, trata de inovações pedagógicas implementadas na disciplina Poluição e Ambiente (P&A). É interessante notar como os autores trouxeram uma visão crítica e dialógica para uma disciplina técnica, sendo esta uma abordagem pouco usual.

O terceiro capítulo, O desenvolvimento das competências previstas na BNCC e a promoção da Educação Ambiental Dialógica: um caminho possível?, foi escrito por Danielle Pereira de Almeida, Karlla Mirelly Fernandes Costa, Oberto Grangeiro da Silva e Ulysses Vieira da Silva Ferreira. Eles analisam como que as competências previstas na BNCC para o ensino de ciências naturais podem ser articuladas com uma educação ambiental dialógica. Nas palavras dos autores: “É por meio desse desenvolvimento que se é possível formar um cidadão que se preocupa com o meio em que está inserido, com os indivíduos que nele residem, e que participa de forma ativa, como um ser livre e pensante e com autonomia para mudar o mundo”

No quarto capítulo, Importância do diálogo nas práticas educativas do campo, as autoras Caroline Lins Ribeiro Ferreira, Kelci Anne Pereira e Graziela del Mônaco abordam a relação entre educação ambiental e educação no campo destacando a relevância do diálogo e relacionando-o com educação popular e agroecologia.

O quinto capítulo, Unidades de Conservação como Lugares de Diálogos para a Educação Ambiental, redigido por Marcos Vinicius Campelo Junior, Luiz Henrique Ortelhado Valverde, Suzete Rosana de Castro Wiziack e Icléia Albuquerque de Vargas, tratam de uma pedagogia do diálogo e do ambiente a ser desenvolvidas em Unidades de Conservação. Ressalta-se que uma visão que une a conservação da natureza e uma visão crítica da realidade é um grande desafio, sendo, portanto, uma contribuição importante dos autores.

O sexto capítulo intitulado Diálogo em busca da formação de jovens protagonistas em Educação Ambiental, cuja autoria é de Victor Araújo Barbosa, Ariadny Avelino Farias de Araújo, Flávia Carolina Lins da Silva e Betânia Cristina Guilherme, é voltado ao relato de experiência sobre um projeto de extensão universitária que buscou estimular o diálogo com jovens do interior de Pernambuco, possibilitando um processo formativo crítico de educação ambiental.

A autora Luana de Almeida Pereira, no sétimo capítulo intitulado Lixo urbano: relato de uma experiência no ensino fundamental baseada no diálogo, na educação ambiental e científica, trata de sua experiência na educação básica na tentativa de dar um sentido maior a temas como lixo, reciclagem e compostagem. Nas palavras da autora, “a abordagem foi baseada no diálogo com o intuito de formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais e com capacidade para pensar em solucioná-los”.

Os autores Dayse Marinho Martins e Yuri Givago Alhadef Sampaio Mateus tratam no oitavo capítulo, intitulado Protagonismo juvenil e educação ambiental dialógica na EJA às margens do Rio Anil em São Luís – MA, de um trabalho realizado com alunos da educação de jovens e adultos, com a intenção de problematizar o Rio Anil. Sobre este capítulo, é importante destacar a relevâncias das ações educativas desenvolvidas com EJA, tanto por garantir um ensino mais significativo quando pela possibilidade de uma maior compreensão da realidade e participação em processos decisórios.

Esperamos que a leitura seja agradável e que estimule o desenvolvimento de ações educativas dialógicas, que são essenciais em um mundo que muito se fala, mas pouco se ouve.