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Dicionário do voto
註釋

No Império e em nossa Primeira República, o fósforo era o falso eleitor, que votava por outros; os cerca-igrejas, a capangada que, sobretudo no interior do nordeste, atacava os templos católicos onde, até 1881, se realizavam as eleições; a degola era o termo que passou a indicar, na República Velha, a não aprovação e a consequente não diplomação, pelas comissões de reconhecimento do Senado e da Câmara, de candidatos que a opinião pública julgava eleitos; a guilhotina Montenegro, a emenda apresentada ao Regimento da Câmara, em 1899, pelo líder do governo, Alcides Montenegro, que respaldaria a chamada Política dos Estados, do presidente Campos Salles.

Denominações curiosas, como essas, juntam-se neste Dicionário, a temas mais relevantes relacionados à engenharia eleitoral, sua história no Brasil e no mundo, da Grécia antiga aos dias de hoje. Os mecanismos utilizados para consultas ao “corpo votante”, as práticas usadas no Império e na República, nas Câmaras e no Senado.

Os verbetes aqui reunidos também alinham traços biográficos dos grandes vultos que dignificaram a história eleitoral: brasileiros, como José de Alencar, que defendia, na Câmarado Império, o voto limitado, e Assis Brasil, principal formulador do sistema eleitoral do Brasil atual. Estrangeiros, como o dinamarquês Carl Andrae e o inglês Thomas Hare, os primeiros a propor o sistema proporcional, em meados do século XIX. Uma obra indispensável para a compreensão do processo de tomada de decisões pelo qual a população escolhe pessoas para ocupar cargos públicos, o mecanismo com o qual a democracia representativa tem operado desde o século 17.