登入選單
返回Google圖書搜尋
PERPÉTUA DA RODA
註釋Numa madrugada, corria o ano de 1884, umas pancadas fortes nas portadas de uma casa com brasão rasgam a noite. Abandonada, jaz uma seira, com um bebé lá dentro... \r
Assim começa o longo périplo de Perpétua que, com apenas 4 dias, será levada para o hospício de Santa Clara, em Vila Real. Criada por uma ama em Lamas, cedo voltará a atravessar montes e vales para se tornar criada de servir numa casa abastada em Vila das Fontes... \r
Aí lhe nascerá Maria Rosalina, fruto do estupro, que criará, fintando a miséria, o estigma de exposta e a visceral dor da rejeição que acabará por marcar também o destino de Rosalina, nunca reconhecida pelo pai e mal-amada pela mãe... \r
Não obstante as adversidades, Rosalina parirá 13 vezes cuidando da sua prole com afinco e acabando sempre por renascer das muitas perdas que lhe marcarão o caminho.\r
Esta é uma história que atravessa três gerações, uma história de revelia em busca de um destino mais clemente... \r
É a história de um legado – o legado destas mulheres que sempre aprenderam e ensinaram a arte da superação: de si mesmas e da sua condição.\r
Esta é, ao fim ao cabo, a história de gente sem história e o retrato do Portugal rural de então: a crónica da luta pela sobrevivência de milhões de pessoas que singraram apesar de tudo e que, mal-grado a sua insignificância, se esforçaram por ser o melhor que puderam.