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Jovens heróis da União Soviética
註釋

Ao enfrentar o passado e repassar sua história familiar, Alex Halberstadt reconta, sob um ponto de vista particular, os anos mais agudos do stalinismo, com seus segredos, repressões e mortes. Jovens heróis da União Soviética é um relato comovente sobre a frágil fronteira entre história e biografia.

Enquanto buscava reconstituir a história de sua família em meio à repressão do regime stalinista, Alex Halberstadt se deparou com um estudo incomum, que parecia atestar algo em que ele já acreditava: o trauma de uma geração acaba sendo transmitido a seus filhos e netos, mesmo na ausência de contato direto. Ou seja, o passado não sobrevive apenas na memória, mas no corpo. Esse estudo o ajudou a explicar certas experiências vividas e compartilhadas pelas últimas três gerações de sua família.
Nascido em Moscou e criado em Nova York, desde muito cedo Halberstadt optou por esquecer seu passado russo para, assim, abrir espaço para uma nova língua e novos costumes. Quando os amigos perguntavam sobre sua infância, não conseguia explicar o que significava ter crescido na Rússia e não tinha nada a dizer sobre o pai com quem mal tinha contato, o avô que não conhecia e a língua nativa que lhe era cada vez mais estranha.
No entanto, o passado volta para assombrá-lo em sonhos insistentes e perturbadores e em medos infundados. É quando ele decide, então, ir atrás de sua verdadeira história. Na Ucrânia, encontra o avô paterno — provavelmente o último guarda-costas vivo de Stálin. Revisita, na Lituânia, a casa de sua mãe judia e vasculha o legado do Holocausto e do antissemitismo que permanece insepulto. Por fim, volta para sua cidade natal, Moscou, onde a avó desenhava roupas para as esposas de ministros soviéticos, a mãe consolava dissidentes em um hospital psiquiátrico e o pai ganhava a vida vendendo discos americanos no mercado clandestino. Ao construir esse relato tão particular de uma família de imigrantes, Halberstadt vai além e reconta, com maestria, um dos períodos mais sombrios da história recente.

"Não é só o registro das dores de uma família: é uma narrativa impactante sobre ditadura, guerra e genocídio." — The Guardian

"Este livro é um triunfo." — Andrew Solomon, autor de O demônio do meio-dia