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註釋Falar sobre o processo de ensino e aprendizagem, neste momento, exige-nos dois aspectos preponderantes para a reflexão: nosso lugar de fala e nosso percurso de formação. Tais questões se entrelaçam de tal forma que conceber um em detrimento do outro seria o mesmo que perceber o mundo material apenas pela lente dos acontecimentos in loco, desprezando nossas vivências como produtos socioculturais, frutos do acúmulo de construções, tecidas pela sobreposição temporal das grossas camadas da História. Em pleno século XXI, os cenários educacionais se transfiguram com a mesma rapidez dos avanços tecnológicos e da ciência, impondo aos profissionais de educação a ressignificação de suas práticas que outrora tinham como recursos apenas o giz, a lousa e o livro didático. Para Lévy (1999, p. 11), “[...] estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.” A utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), há tempos debatida entre pesquisadores e professores de Educação Básica, tornam-se, diante do contexto pandêmico, alternativas viáveis para assegurar o conhecimento e, concomitantemente, ofertar aos educandos o mínimo de aprendizagem em meio ao cenário repentino e, por vezes, desolador instaurado desde 2020. De acordo com Schneider (2015, p. 63), “[...] é preciso reconhecer essas mudanças, compreendê-las e inserir as tecnologias como recursos potencializadores do processo de ensino e aprendizagem nas práticas docentes.” O ponto fulcral desta obra reside nos momentos de reflexão estabelecidos no transcorrer da disciplina de Educação e Novas Tecnologias: implicações ao currículo da Educação Básica e Superior, ministrada pela professora Daniela Nogueira de Moraes Garcia, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), da Unesp de Marília. Entre vivências, compartilhamentos e estudos teóricos acerca da ementa, ao final, os alunos foram desafiados a legitimarem suas vozes e seus diferentes lugares de fala na forma de artigo ou relato de experiência, ressaltando o uso dos artefatos tecno-digitais como ferramentas capazes de promover aprendizagem, disruptividade e empoderamento de jovens que estão amplamente inseridos em práticas sociais mediadas pela interface de seus smartphones, tablets e notebooks. Nesse sentido, Kalantzis et al. (2020, p. 358) apontam que “[...] a aprendizagem se torna mais efetiva quando as diversas perspectivas dos alunos são deliberadamente introduzidas em sala de aula e usadas como recursos.” Em momento algum, deixamo-nos vislumbrar pelas máquinas a ponto de negligenciarmos a afetividade, o valor das relações e o exercício constante da escuta ativa e do dialogismo entre professores e alunos, pois “[...] por meio de uma pedagogia crítica e revolucionária podemos resgatar a utopia expressa numa concepção crítico-emancipatória, em que haja a possibilidade de diálogo, interação, transformação e mudança, além de atender aos desafios do tempo que está por vir” (CORRÊA, 2019, p. 12).