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O Campesinato, a teoria da organização e a questão agrária
註釋De saída, cabe notar que o título do livro revela-se muito mais que um nome: trata-se da sua espinha dorsal, verdadeiro eixo articulador das partes e dos capítulos que o compõem. Das inquietações de Marx e Engels, na Inglaterra do século 19, à luta camponesa em terras goianas no miolo do século 20, o que se apresenta é um rico e complexo painel a respeito da reflexão e da ação revolucionárias que tomaram, em momentos diferentes e de diferentes maneiras, o campo como objeto e o campesinato como sujeito. Pode parecer simples, mas não é: em primeiro lugar, pela densidade inerente a cada uma das interpretações que Paulo Cunha escolheu analisar; depois, pelos pontos de contato e de afastamento que ele estabelece entre tais interpretações, às vezes de forma explícita, outras de forma velada; finalmente, e mais importante, pela postura deliberada em fazer desse diálogo com alguns autores fundamentais no terreno do marxismo um diálogo verdadeiro, isto é, não a mera repetição do que eles escreveram, e sim o questionamento crítico de seus escritos. É assim que o conjunto dos artigos, independentes em sua origem, ganham organicidade e força nessa reunião que nada tem de casual, portanto.