Muitos já ouviram falar da declaração da morte de Deus por Friedrich Nietzsche. Sem dúvida, ele falava da morte de um tipo de Deus que não era a fonte da vida e vigor da caminhada existencial do homem daquele tempo. Um Deus estratificado pelo medo humano das mudanças típicas dos viajores que somos entre o nascimento e a morte. Era necessário que esse Deus morresse não ontologicamente, mas em nível de concepções projetadas (antropomorfismo) desse Ser Supremo.

Fiquei muito envaidecido quando a minha orientanda no doutorado em Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Ana Cristina, me pediu para fazer a apresentação de seu livro. É uma honra para mim!

O livro retrata justamente que Deus está muito vivo, nascendo a cada momento no coração dos fiéis não só em Palmeiras dos Índios, mas no mundo todo. É claro que não se pode confundir a crise religiosa com a morte de Deus. A crise é benéfica porque purifica e dá vigor novo ao ato de crer. É como a árvore que é podada para dar mais frutos (Jo 15, 1-5). A experiência religiosa do grupo religioso, objeto do livro, nos mostra que Deus está mais vivo do que nunca. No mundo, são quarenta e quatro mil grupos cristãos novos (Igrejas), não confirmando a utopia de Cristo: “Que todos sejam um, Pai, como eu e Tu somos um” (Jo 17,21). Oxalá exista uma maior unidade nesta diversidade!

Parabéns a todos aqueles que lerem este livro e o traduzirem em ação libertadora em suas vidas e em suas famílias! Parabéns também a futura Drª Ana Cristina por propalar essa realidade tão rica a tantos outros caminheiros!

Vamos em frente na construção de um mundo mais justo, humano e fraterno!