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註釋

Lembro-me quando criança costumava brincar de "quente e frio". Era uma brincadeira divertida, pela busca de um objeto, objeto este, escondido pela pessoa que dirigia a brincadeira e a quem caberia dizer “quente" se estivéssemos próximo de encontrar o objeto e "frio" se estivéssemos longe. Essa busca pelo objeto era uma diversão, nos causava empolgação, fascínio – onde estaria? – como também causava apreensão. Mas a maior diversão mesmo era quando o objeto tão procurado, tão desejado por todos, era encontrado, celebrávamos. Todos ficavam eufóricos e curiosos para saber como havia chegado à conclusão que era aquele o lugar onde o objeto estava.

Neste livro "Procurando a Paz”, a autora Laura Patrícia Rojas Gutierrez, nos mostra de uma maneira criativa e envolvente que a procura pela paz é algo que não se pode fazer sozinho. Faz-se necessário estar junto com aqueles que têm o mesmo objetivo, que também buscam por ela. Não basta procurar é preciso saber onde, pois vários são os obstáculos para nos impedir de encontrá-la, tais como: traição, injustiça e fome.

No diálogo apresentado no livro, o prefeito da cidade diz algo que expressa o desejo comum a todas as pessoas; “essa paz que todos almejamos”.

A autora coloca  muito bem a busca pela paz vinculada a sentir-se amado, acolhido, protegido. A solidariedade se expressa através de ações como doar-se, pensar no outro e não apenas em si, é um caminho do qual não podemos desviar, ao buscar a paz. Laura me faz lembrar as palavras do Príncipe da Paz – Jesus – que disse: "Dou-vos a paz, a minha paz vos dou, não a dou como o mundo a dá”.

“A mentira é uma forma em que se apresenta a falsa paz" disse o professor, outra personagem dessa narrativa. Entendo que muitos dão uma falsa paz transmitida através da mentira, baseada em egocentrismo e coisas materiais, que são passageiras, supérfluas e fugazes e que o detector de mentiras inventado pelo professor logo detectaria, pena ser grande demais para a população do prefeito. Mas a verdadeira paz existe e é possível achá-la.

A autora nos mostra que é possível encontrar a paz mas, há uma condição: precisamos buscá-la mesmo que “frio” em um momento ou “ quente” em outro, devemos procurá-la e jamais desistir dessa busca. Sei da grande  satisfação que é para o professor Pedro Arturo Rojas Arenas fazer essa homenagem póstuma a sua filha Laura Patrícia, e ao convidar-me para prefaciar o livro escrito por ela, estendeu-me essa satisfação, pois recebi com alegria o convite, o qual me permitiu, antes do leitor (a), envolver-me com essa criativa e interessante procura.

Desejo a você leitor (a) uma "deliciosa" leitura deixando-se levar por essa busca e anseio que pertence a todos nós.