O material que aqui apresentamos se origina de um relacionamento com o tekoá mbyaguarani por meio da prática cerâmica. Ele é fruto de uma pesquisa iniciada há dez anos, de um estar juntos em uma caminhada feita de palavras, escutas, olhares, silêncios, cantos, pensamentos, dúvidas, comidas, banhos de açude e carros atolados para citar apenas alguns pontos, afora os risos, as preocupações e as saudades.

Poderíamos dizer que, em um amplo sentido, esse material tem permitido gerar um território compartilhado entre mbyas e juruas - em movimento. Nessa caminhada, há seis anos, tivemos um encontro fundamental com Kerexu (Antônia), indígena pertencente ao grupo mbya-guarani e que vive na terra Nhu’ú Poty (Flor do Campo), em Barra do Ribeiro, RS, mantendo em seu cotidiano a atividade cerâmica.