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Quixote nas trevas
Fábio Koifman
其他書名
o embaixador Souza Dantas e os refugiados do nazismo
出版
Editora Record
, 2002
主題
Biography & Autobiography / General
ISBN
8501063037
9788501063038
URL
http://books.google.com.hk/books?id=Zh8sAAAAYAAJ&hl=&source=gbs_api
註釋
Lembro que, não havendo aqui no consulado, me vi obrigado, sem perder um minuto, a assumir funções consulares para, literalmente, salvar vidas humanas, por motivo de maior catástrofe que sofreu até hoje a humanidade. Fiz o que teria feito, com a nobreza d""alma dos brasileiros, o mais frio deles, movido pelos mais elementares sentimentos de piedade cristã. Souza Dantas QUIXOTE NAS TREVAS: O EMBAIXADOR SOUZA DANTAS E OS REFUGIADOS DO NAZISMO, do historiador carioca Fábio Koifman, conta a vida do embaixador brasileiro Luiz Martins de Souza Dantas, que chefiou a delegação brasileira na França durante 20 anos - alguns dos quais passados durante a Segunda Guerra e o Holocausto. Movido pelo que mais tarde chamou de sentimento de piedade cristã, Souza Dantas desafiou de uma só vez o Terceiro Reich e as orientações de política externa de Getúlio Vargas para ajudar judeus, comunistas e homossexuais vítimas do nazismo que se espalhava pela Europa. O livro traz uma lista inédita com o nome de todas as pessoas salvas por Souza Dantas enquanto trabalhava na embaixada brasileira em Paris. São cerca de oitocentos nomes, dentre os quais 425 judeus, que Dantas ajudou a escapar do extermínio. Entre as pessoas salvas pelo diplomata estão o diretor teatral Zbignew Ziembinski e um dos organizadores do primeiro Rock in Rio, Oscar Oreinstein. Os nomes foram detalhadamente pesquisados nas listas de passageiros dos navios que chegavam ao Brasil. Fábio, então, organizou uma lista com milhares de portadores potenciais de vistos do embaixador e depois cruzou os documentos com outros encontrados nos arquivos do Itamaraty. Souza Dantas arriscou sua posição - e a própria vida - ao garantir vistos de entrada brasileiros a judeus perseguidos pelas tropas de Hitler na Europa. Esse fato, desconhecido até mesmo pela maioria dos conterrâneos de Dantas, foi o tema da tese de mestrado de Koifman e base para o processo de premiação do embaixador pelo Museu do Holocausto, em Israel. Souza Dantas preenchia as três condições para se tornar um Justo entre as nações, honraria que reconhece não-judeus que salvaram judeus durante a guerra: arriscar cargo e posição social, arriscar a própria vida e, de fato, salvar pessoas. QUIXOTE NAS TREVAS: O EMBAIXADOR SOUZA DANTAS E OS REFUGIADOS DO NAZISMO corrige um erro historiográfico - após salvar mais de 400 pessoas, seus feitos não são encontrados em livros escolares - e acompanha a trajetória de Souza Dantas através dos subterrâneos da política internacional em busca de soluções para o destino de tantas pessoas. Em três anos de pesquisa, Koifman descobriu que Dantas não se limitava a dar vistos. Muitas vezes, o embaixador conseguia documentos de viagem por meio de amigos em outras representações diplomáticas, como os cônsules de Cádiz, na Espanha, e Casablanca, no Marrocos. Em QUIXOTE NAS TREVAS: O EMBAIXADOR SOUZA DANTAS E OS REFUGIADOS DO NAZISMO, Koifman mostra que para ser salvo, o refugiado precisava apenas conseguir contactar Dantas. Os que conseguiam falar com o brasileiro eram salvos. Entre eles, havia pessoas de todos os tipos: algumas com parentes no Brasil, outras sem absolutamente nada. Algumas colaboraram com Koifman, dando depoimentos para a tese que deu origem ao livro. Ao todo foram 55 entrevistas em mais de 30 horas de gravação. O autor consultou, ainda, quase 8 mil documentos que confrontou com outras fontes, consultadas nos diversos arquivos públicos brasileiros, como os arquivos do Ministério da Justiça e Negócios Interiores. O resultado é uma das mais importantes obras escritas sobre o Holocausto e o Estado Novo.