註釋 Esta dissertação é o resultado de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). O crescimento recente da população estrangeira em Portugal e a centralidade que o debate acerca das políticas de integração tem assumido em diversos países justificam a escolha deste tema. Com a pergunta orientadora - Que fatores (des)favorecem a integração, a participação cívica e política e a cidadania ativa de alunos estrangeiros na escola? - procuro identificar estes fatores e examinar as respostas que as políticas vigentes no país têm dado às necessidades destes alunos. A investigação decorreu numa escola pública de Educação Básica da cidade do Porto. A abordagem utilizada foi a qualitativa-interpretativa, com recolha de dados através de entrevistas semiestruturada. A base para a construção dos instrumentos foi uma grade de indicadores que, na dimensão da integração, contemplou as medidas do Migrant Integration Policy Index (MIPEX) – o mais amplo índice que avalia e compara as políticas de integração em diversos países. Nas dimensões da participação cívica e política e cidadania ativa, os indicadores foram informados pela literatura da área. Participaram da pesquisa o diretor do agrupamento do qual a escola faz parte, nove encarregados da educação, quatro professores e oito alunos dos 7º, 8º e 9º anos. A análise temática foi adotada para explorar e interpretar os dados recolhidos. A análise das respostas dadas aos alunos estrangeiros pelas políticas vigentes revela que a conceção na qual se baseiam, de uma integração de duplo sentido - que ao mesmo tempo diz respeito aos nacionais e aos estrangeiros - está longe de se refletir no trabalho da escola. A inadequada provisão de recursos, atrasos na transferência de verbas e a falta de formação de professores surgem como as principais ameaças para concretizar as medidas em vigor. Nas três dimensões contempladas, foi possível identificar um amplo conjunto de fatores que podem (des)favorecer os alunos estrangeiros, salientando-se dentre eles os apoios oferecidos para a aprendizagem do idioma e das demais disciplinas, a conexão com seus pares, e o envolvimento dos encarregados da educação com a educação dos jovens e com a comunidade escolar.