Esta obra, com diferentes abordagens teórico-metodológicas, reflete sobre as narrativas do e sobre o Rio de Janeiro que circulam nas aulas de História da Educação Básica da cidade, do estado e do país. Embora a questão local assuma relevância, o fato de a cidade ter sido capital federal entre 1763 e 1960, e, portanto, palco principal da História política do país, faz com que sua história seja estudada em todo o território nacional, mas implica também o apagamento de suas especificidades, revelando assim uma tensão entre o universal e o particular inerente às narrativas sobre o Rio de Janeiro. Pesquisadores do Ensino de História expõem, aqui, uma variedade de aspectos sobre o que é considerado válido para ser ensinado, tendo como foco de suas investigações o Rio de Janeiro: que temporalidades privilegiar numa aula de História? Que riscos projetos educacionais conservadores oferecem à construção de narrativas mais democráticas nas aulas de História? Quais os limites e possibilidades da história local na produção de subjetividades e fixações identitárias? Quais as possibilidades de relação entre narrativas de si e narrativas históricas escolares? Que relações são estabelecidas com a cultura e o patrimônio afro-brasileiros? Que sujeitos narram e/ou são narrados na História ensinada nas escolas e nos materiais didáticos? Essas e outras questões - e algumas respostas possíveis - circulam nos 12 textos que compõem este livro.