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Saúde e meio ambiente
Márcia Grisotti
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a construção médica e popular de uma doença infecciosa emergente
出版
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Curso de Pós-Graduação em Sociologia.
, 2003
URL
http://books.google.com.hk/books?id=dGduHQAACAAJ&hl=&source=gbs_api
註釋
O diagnóstico positivo de infecção pelo parasito Angiostrongylus costaricensis Morera e Céspedes, 1971, em alguns membros de uma comunidade do sul do Brasil, colocou em evidência a hipótese da existência de subdiagnóstico e subnotificação das doenças. A partir de uma análise mais aprofundada da literatura sociofilosófica, essa hipótese - tão consensual na biologia, na medicina, e de certa forma, na epidemiologia - tornou-se extremamente polêmica. A questão central colocada por Latour é: como podemos afirmar a existência de uma doença sobre a a qual não há conhecimento? Os estudos de Latour e colegas, ao contrário da pretensão de terem proporcionado uma nova visão sobre a produção dos fatos científicos, tiveram como efeito uma retomada de antigas controvérsias encontradas nos trabalhos de Foucault e Canguilhem e, recentemente, Delaporte. No caso empírico, por nós estudado, mostraremos, seguindo Latour, que a angiostrongilíase abdominal é, de fato, uma construção científica, portanto, sociocultural. Porém, os parasitos e os vetores envolvidos são reais, e existem independentemente do conhecimento e da taxonomia, científica ou popular. Essas diferenças aparecem quando se analisa a doença em seus diferentes níveis de complexidade (individual, social e ambiental). Ao contrário de uma análise cronológica dos acontecimentos - tão própria dos manuais de medicina - nos propomos abordar como a ciência constrói o objeto do conhecimen.