O pequeno povo, que ocupa a faixa ocidental da Espanha, constituindo-se
em nacionalidade autónoma entre os novos Estados peninsulares formados
no século XII, que se foram unificando até à completa absorção
castelhana, assinalou pela energia da sua raça a ação mundial, realizada
nos grandes Descobrimentos Marítimos, que deram início à Era Moderna da
civilização da Europa. A individualidade étnica, que o tornou
inconfundível com o ibero, e a ação histórica inolvidável pelo seu
influxo social, levam a considerar o génio característico deste povo, o
ethos, expresso nas criações artísticas, nas formas literárias,
refletindo a sentimentalidade, o espírito de aventura, e a resignada
esperança nunca extinta na alma portuguesa.