Em tempos de correria desmedida, em que a competência do ser humano é medida pelo número de coisas que ele consegue realizar no menor tempo possível, a ioga tem encontrado mais e mais adeptos. É interessante observar que, no início, as pessoas chegam às escolas afobadas, querendo praticar posturas como quem exercita aeróbica. Somente aos poucos a desaceleração naturalmente acontece, e o tempo gasto em cada ásana aumenta na mesma proporção em que o véu que cobre a mente do homem moderno se dissipa.
É que a cada postura, sensações, pensamentos e memórias afloram, e o desconforto físico cede lugar ao desconforto emocional. Sentimentos como raiva e medo, ou mesmo emoções desconhecidas vêm à tona. Neste momento, a ioga começa a desempenhar o seu papel, que é nos colocar frente a frente com nossa consciência, o eu verdadeiro, e, então, operar a grande transformação. Deixamos para trás a carapaça do homem moderno – “Sou forte e poderoso, assim, posso tudo o que quero” – e nos tornamos pacientes, perseverantes e humildes diante da grandeza do Universo. Verdadeiramente fortes.
Totalmente dedicada ao bem-estar, ao bom humor e à beleza da vida, esta edição traz para você posturas próprias ao relaxamento, ao combate à insônia, à depressão, à ansiedade e aos distúrbios do humor. Buscamos exercícios que podem ser praticados por homens e mulheres jovens, adultos, crianças ou idosos. Afinal, não importa em que ponto da jornada você se encontra, pois nunca é cedo ou tarde demais para praticar a ioga e descobrir-se olhado, conhecido, observado e aceito... por si mesmo!