Estas «Arqueologias de Império» consistem em 17 estudos que abrangem as várias áreas de investigação da Antiguidade. A partir das fontes bíblicas, propõe‑se uma estruturação de categorias e uma organização de semânticas como possíveis caminhos para o entendimento da ideia de «império». Para o caso egípcio, foca‑se a problemática da periodização da História egípcia e a terminologia utilizada para a definir. Para o universo dos impérios antigos da Mesopotâmia, trata‑se a emergência da hegemonia paleobabilónica através da análise da ideologia subjacente às políticas sociais e militares levadas a cabo por Hammurabi em dois momentos cruciais da história da Babilónia. Para o espaço da Anatólia e do território fenício/siro-palestinense, recorre‑se a um método que colhe nas narrativas mítico‑religiosas elementos para o estudo das realidades políticas e apresenta‑se uma reflexão sobre Imperialismo no mundo colonial fenício. As civilizações e sociedades neomesopotâmicas estão representadas por estudos sobre contextos de violência, acerca de Jeremias e do Império Neobabilónico, sobre Nabónido e ainda sobre os diferentes comportamentos dos reis da região relativamente ao culto de Marduk. Podemos também ler textos sobre a teorização política que Heródoto apresenta relativamente aos Persas e acerca das rainhas na Pérsia Antiga. De igual modo, sobre o período helenístico, reflete‑se sobre o papel e a importância da mulher na sociedade helenística, especialmente no que diz respeito à esfera do poder. Nos últimos quatro estudos, propõe‑se uma genealogia conceptual para a ideia de imperium no mundo romano, através da sua historiografia, sugerindo-se ainda uma ideia de globalização para o mundo romano tardio.