"Havia já quem esperasse sem sobressalto a chegada do exército da
Gironda. A princípio, vozes correram, anunciando que a divisão de Junot
iniciara a marcha de Baiona. Espalhara-se depois que o exército se
estava concentrando para uma campanha na Áustria... As colheitas
principiaram. Serenamente, deitavam-se contas ao tempo das vindimas. Em
Paris, Napoleão mobilizava exércitos, imaginando aterrorizar Portugal. A
esse tempo, em toda a terra portuguesa, secava o milho nas eiras e
rezavam-se as coroas por intenção dos navegantes perdidos no alto mar.
No Corgo, o viver decorria descuidado e alegre. Sepúlveda tinha que se
emparedar para não ouvir o bulício do mulherio e os berros das araras e
papagaios brincalhões, que ensurdeciam a casa."